Mercado gostaria que Lula tivesse um projeto econômico que perdeu as eleições, diz especialista ao WW Especial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta desafios para ampliar seu eleitorado, segundo análise do presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles.

Em participação no programa WW Especial, com William Waack, Meirelles destacou a necessidade de o governo focar em temas econômicos domésticos para conquistar mais apoio popular.

Renato Meirelles falou sobre a importância de Lula priorizar assuntos que afetam diretamente o cotidiano dos brasileiros, especialmente questões econômicas.

“Enquanto o Lula for falar mais da Venezuela do que da picanha, a chance dele ampliar o seu eleitorado é muito pequena. Mas eu sinto que eles [governo] já aprenderam”, afirmou.

Contrariando a opinião do mercado financeiro, Meirelles defendeu a estratégia de comunicação do governo em relação ao pacote de corte de gastos recentemente anunciado. “O mercado gostaria que o Lula tivesse um projeto econômico que, efetivamente, perdeu as eleições”, declarou.

Ele argumentou que Fernando Haddad assumiu o Ministério da Fazenda com a proposta de “colocar o pobre no orçamento e colocar o rico no Imposto de Renda”, e que é exatamente isso que o governo está fazendo.

Meirelles reconheceu que o mercado reagiu negativamente, mas sugeriu que essa reação era esperada, independentemente das medidas adotadas.

Foco na classe C e empreendedores

Para Meirelles, será necessário observar se o PT conseguirá manter um discurso que atinja o eleitor da classe C, considerado decisivo nas eleições.

“Objetivamente, nós temos que ver o peso que vai ser a isenção do Imposto de Renda, que sinaliza para um eleitor que está em disputa, que é o eleitor da classe C, que, em última instância, é sempre o eleitor que define o vencedor das campanhas”, explicou.

Além disso, Meirelles apontou a necessidade de o partido desenvolver uma narrativa voltada para os empreendedores, “algo muito distante do passado sindical do PT”.

“O PT está tendo que aprimorar e atualizar o seu discurso num cenário em que trabalho não é mais sinônimo de emprego”, acrescentou Meirelles, indicando a necessidade de adaptação do partido às novas realidades do mercado de trabalho.

Apesar dos desafios, Meirelles ressaltou o peso político de Lula, afirmando que “é muito difícil imaginar uma esquerda sem o Lula”. Ele avaliou que as chances eleitorais do presidente são “muito grandes”, embora isso não se traduza necessariamente em chances para a esquerda como um todo.

WW Especial

Apresentado por William Waack, programa é exibido aos domingos, às 22h, em todas as plataformas da CNN Brasil.

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