Parlamentares se licenciam de cargos para apoiar eleições municipais

A pouco menos de três meses das eleições municipais, senadores e deputados têm se licenciado dos cargos para reforçar pré-candidaturas e apoiar aliados em suas bases eleitorais.

Até o momento, sete deputados que devem disputar o pleito pediram afastamento da Câmara. No Senado, quatro parlamentares se licenciaram para se dedicar às eleições.

A prática de deixar o Congresso temporariamente para atuar nas articulações é comum. Os parlamentares costumam ocupar postos estratégicos nos diretórios dos partidos para coordenar ações eleitorais, além de participar de eventos ao lado de candidatos.

Senado

Rogério Marinho foi o nome escolhido pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a secretaria geral da legenda. De acordo com o PL, Marinho será responsável por articulações políticas e pela assessoria a diretórios estaduais.

Efraim Filho também se licenciou do cargo para se dedicar ao pleito. Ele é presidente do diretório do União na Paraíba, e pretende auxiliar na condução das eleições no estado.

Na semana passada, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) pediu afastamento do cargo para assumir a Secretaria da Juventude no Maranhão. Apesar de se dedicar à função, a parlamentar também deve atuar nas articulações eleitorais no estado.

Após o retorno ao Congresso, a expectativa é de que Eliziane se dedique às articulações para concorrer à presidência do Senado, conforme mostrou a CNN.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG) também se licenciou do cargo. Ele deve concorrer à Prefeitura de Belo Horizonte.

Outros senadores anunciaram a pré-candidatura para prefeituras nestas eleições, mas ainda não se licenciaram. É o caso de Eduardo Girão (Novo-CE), que deve concorrer em Fortaleza (CE); Vanderlan Cardoso (PSD-GO), em Goiânia; e Rodrigo Cunha (Podemos-AL), cotado para a vice-prefeitura de Maceió.

Câmara

Na Casa Baixa, conforme levantamento da CNN, 93 deputados são pré-candidatos. Até agora, sete pediram licença:

  1. Carlos Chiodini (MDB-SC): Itajaí (SC)
  2. Carlos Jordy (PL-RJ): Niterói (RJ)
  3. Clarissa Tércio (PP-PE): Jaboatão dos Guararapes (PE)
  4. Junio Amaral (PL-MG): Contagem (MG)
  5. Ricardo Guidi (PL-SC): Criciúma (SC)
  6. Ruy Carneiro (Podemos-PB): João Pessoa (PB)
  7. Yandra Moura (União-SE): Aracajú (SE)

Outros deputados que não são pré-candidatos se afastaram da Câmara para auxiliar nas articulações eleitorais. É o caso de Renata Abreu (SP), presidente do Podemos, e de Fabio Macedo, que dirige o diretório da sigla no Maranhão.

Eleições municipais

Para confirmar seus candidatos, os partidos e as federações poderão realizar convenções entre os dias 20 de julho e 5 de agosto deste ano. Esses encontros podem ser realizados no formato presencial, virtual ou híbrido.

Depois da escolha dos candidatos nas convenções, os partidos já podem solicitar o registro das candidaturas à Justiça Eleitoral. O prazo para isso é até 15 de agosto.

O primeiro turno das eleições está marcado para 6 de outubro. O segundo turno será no dia 27 de outubro, caso necessário, em municípios com mais de 200 mil eleitores.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Parlamentares se licenciam de cargos para apoiar eleições municipais no site CNN Brasil.

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